quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crise na Tunísia:Levantes ameaçam regimes árabes

O presidente da Tunísia, Zine Al-Abdine Bem Ali renunciou em 14 de janeiro após um mês de violentos protestos contra o governo. Ele estava há 23 anos no poder. Foi a primeira vez que um líder árabe foi deposto por força de movimentos populares.

Analistas acreditam que a revolta na Tunísia pode se espalhar por países do Oriente Médio e ao norte da África. O Egito foi palco de manifestações inspiradas pelas da Tunísia, no dia 25 de janeiro.

O novo ativismo no mundo árabe é explicado pela instabilidade econômica e pelo surgimento de uma juventude bem educada e insatisfeita com as restrições à liberdade

Na Tunísia, os protestos começaram depois que Mohamed Bouazizi, 26 anos, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid, em 17 de dezembro do ano passado. Ele fez isso depois que a polícia o impediu de vender frutas e vegetais em uma barraca de rua.

O governo tunisiano foi pego de surpresa e reagiu com violência. Estima-se que mais de 120 pessoas morreram em confrontos com a polícia. O primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, aliado político de Bem Ali, assumiu o cargo no governo provisório. Por isso, na prática, o regime foi mantido, e os protestos continuam.

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